
O barril de petróleo tem encontrado resistência para sair da faixa entre U$39,00 e U$44,00 dólares. Ainda há muita incerteza por conta da segunda onda do coronavírus, o que limita qualquer tendência de alta acentuada. Porém, a expectativa de redução da produção por conta do furacão Hanna e a depreciação do dólar frente outras moedas fortes, fez com que o barril tivesse pequena alta.
O Tesouro americano divulgou dados que mostram que o rendimento do título do tesouro indexado à inflação (TIPS) de 5 e 10 anos, está com juros reais negativos. Por conta disso, o dólar vem perdendo atratividade frente à moedas internacionais, fazendo com que o preço do petróleo e seus derivados, por serem cotados na moeda norte americana, fique mais atrativo e estimule o consumo. O dólar fechou em queda de -1,56%, cotado a R$5,15.
A gasolina do Golfo não seguiu a leva alta do ouro negro e caiu -1,39%. Como a queda do dolar foi mais forte que a apreciação da gasolina, o spread recuou para -R$0,03, com o prêmio em -1,7%. É uma diferença que a PB historicamente não atua na alteração de preços. Porém, ainda há espaço para um aumento marginal da PB.
O diesel também contrariou a alta do petróleo e caiu -0,23%. Assim, o prêmio ficou em -0,70% e o spread alcançou o patamar positivo de R$0,01 centavo. Lembrando que, apesar do diesel estar com spread levemente acima da paridade, a PB costuma a ficar acima da paridade. Em consequência disso, continuamos vendo uma tendência de alta no curto/médio prazo para o combustível.
Segundo a ANP, o etanol está vantajoso frente à gasolina em apenas 4 estados do país: Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. A paridade média apresentada na bomba nesses estados, foi de 64% em relação a gasolina, indicando uma relação maior do que está sendo comercializada nas distribuidoras do combustível (61%). Deste modo, ainda vemos um espaço para novos aumentos nas distribuidoras, incentivadas pelo contínuo aumento do álcool nas usinas, indicado pelo Esalq. No gráfico abaixo, é possível identificar continuidade da tendência de alta do combustível.
O impacto da PMPF veio acima do esperado. A ANP, diferentemente do padrão praticado nas últimas divulgações da PMPF, utilizou dados muito recentes, divulgados somente no dia de ontem. Desta forma, o impacto nos combustíveis ultrapassou 1 centavo.
Derivados
Gasolina
Com o spread em apenas -R$3 centavos, o provável movimento é de que a PB não aumente antes do impacto da “nova gasolina” no dia 1º de Agosto. Nossas projeções indicam um aumento entre 5 e 8 centavos.
Além disso, a PMPF irá impactar o preço do combustível em R$ 0,016 centavo já na próxima semana.
Diesel
No Diesel, a pressão diminuiu mas ainda há probabilidade de acontecer algum aumento no curto/médio-prazo. Vemos possibilidade para um aumento de até R$ 0,05!
A PMPF também irá impactar o diesel, em R$ 0,012 S-10 e R$ 0,015 centavo no S-500.
Etanol
As usinas continuam subindo os preços desde a metade de Julho. O provável aumento da gasolina e a nova PMPF no início de Agosto reforça a chance de alta no preço do álcool.
O mercado abriu hoje com valores de R$ 2,15 a 2,17.
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São projeções e orientações baseadas nesses estudos.
Em geral, nossas previsões estão em linha com o que tem acontecido, mas vale reforçar que, como qualquer previsão econômica, não são certeza que irão acontecer.
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