Cenário
Após a forte alta do petróleo na semana passada, a segunda-feira foi marcada por certa realização dos lucros. Os preços da commodity apresentaram variação leve e os derivados , em especial a gasolina, tiveram queda mais acentuada. Na abertura de hoje, as cotações dos índices já apresentavam alta de 1,5%. Apesar da grande defasagem entre o combustível internacional e o doméstico, a Petrobras vem segurando um reajuste nos derivados e permitindo que o spread atinja patamares extremos. A Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis) entrou no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) com a alegação de “prática predatória de preços” por parte da Petrobras.
O dólar valorizou 1,56% e fechou o dia em R$5,50. Os desdobramentos da invasão do Capitólio continuam impactando o câmbio. Os deputados democratas apresentaram o pedido de impeachment contra o presidente Trump e trouxeram volatilidade para a moeda americana.
A gasolina do Golfo apresentou queda de -1,39%. Como a variação do dólar teve magnitude similar, o spread continuou em -R$0,48, com o prêmio de -20,6%. Desta forma, o combustível continua abaixo do equilíbrio e com forte pressão para alta.
Fique atento às mensagens de alerta da Pronto durante o dia!
O diesel apresentou desvalorização de -0,38%. Com a forte valorização do dólar, o spread avançou para –R$0,34 com o prêmio de -14,4%. O combustível ainda se encontra bem abaixo do equilíbrio.
O etanol apresentou variação de 0,09% e ficou cotado em R$2.145/m³. Os preços de oferta nas usinas mostram certa estabilização após alta de R$0,03.
O açúcar equivalente avançou 2,01%. O prêmio em relação ao etanol está na faixa de 33%.
Análise
Gasolina
A PB tem o histórico de deixar o spread entre -R$0,05 e -R$0,07 centavos, segundo a série histórica de preços da petroleira desde 2017. Desta forma, o spread de -R$0,48 deixa a PB abaixo do equilíbrio e transmite forte pressão para que ocorra um aumento no curto prazo. Além disso, os índices abriram o dia em alta de 1,5%.
O patamar atual de spread é o maior dos últimos 2 anos.
Desta forma, nossa recomendação é de compras máximas para a gasolina.
Diesel
O combustível está pressionado para novas altas pela PB e tem grande probabilidade de ser ajustado nessa semana. É esperado um aumento forte, na casa dos R$0,08 e R$0,10 centavos.
Além disso, os índices abriram o dia em alta de 1,3%.
Em consequência da expectativa de forte alta pela Petrobras, indicamos compras máximas para o diesel.
Etanol
Começamos a enxergar movimentação de alta nas usinas. A gasolina está próxima de um novo ajuste e pode alavancar os preços do álcool.
Além disso, sexta-feira (15/12) haverá o aumento da alíquota de ICMS de 12% para 13,3% no etanol dentro do estado de São Paulo. Desta forma, temos mais um vetor para firmar a tendência de alta no combustível.
Em consequência desse fator, nossa recomendação é de compras máximas para o etanol.
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Em geral, nossas previsões estão em linha com o que tem acontecido, mas vale reforçar que, como qualquer previsão econômica, não são certeza que irão acontecer.
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